DIEGO MOURO

Diego Mouro é pintor autodidata,, que vive e trabalha em São Paulo, oriundo da periferia de São Bernardo, ABC Paulista, uma das maiores capitais metropolitanas do mundo com uma população majoritariamente negra.
Diego constrói sua trajetória artística a partir dos saberes e práticas ancestrais, transformando o processo de produção artístico em parte de um ritual e busca pelo resgate do passado numa ponte para a construção de novas narrativas de futuro e ressignificação do presente. Trabalhos que perpassam as questões raciais de dor e promovem o encontro de elementos e símbolos tradicionais da cultura negra e sua relação com o Brasil, buscando assim entender como nosso regionalismo foi construído em cima de hábitos africanos e de que forma foram transformados em costumes e crenças que só existem aqui como o congado e o candomblé.
No CURA, Diego fala de afeto, afeto entre homens pretos. Foi esse afeto entre os seus que o formou quando nasceu. Seu pai, seu avô, seus tios. Esse afeto que o segurou em meio a pandemia e os diversos homens/amigos/irmãos que se fizeram presentes sendo abraço e afago nesses tempos difíceis. Essas pessoas são a base e a estrutura de quem Diego é hoje. Diego pintou, em setembro de 2020, o mural sem título, de 429 m², na fachada cega do edifício Almeida, que retrata um homem cuidando dos dreadlocks de outro homem.
Endereço: Rua São Paulo, 249, Centro – Belo Horizonte. | instagram.com/diego.mouro