O CURA é um dos maiores festivais de arte pública do Brasil e, em 2017, presenteou Belo Horizonte com seu primeiro circuito de pintura em empenas, criando o primeiro mirante de arte urbana do mundo. Da rua Sapucaí, é possível contemplar todas as obras realizadas no hipercentro, incluindo os murais mais altos pintados por mulheres na América Latina e a maior obra de arte pública realizada por uma artista indígena.
Em sua última edição, o Cura navegou as águas transculturais do Rio-Avenida Amazonas e ancorou no território da Raulzona. Ao longo do percurso, o festival fez-se ritual: movimentou afetos, projetou inquietações, congregou práticas e saberes ancestrais, e homenageou os que se foram na pandemia.
Em 2022, o Cura pisa em terra firme. Coloca os pés no chão. Sente o solo que sustenta e nutre.
Ora areia, ora argila. Ora asfalto, ora barro. Ora terra vermelha, ora terra preta indígena. Ora utopia, ora luta. É sobre ESTA TERRA que agora nos levantamos para desenhar novos caminhos e enxergar novos horizontes. Em nossa sétima edição, seguimos o caminho da terra, do solo e das ruas para conectar linguagens e territórios através de uma arte relacional e inclusiva, da reflexão crítica e da mobilização social pautada em diálogos e entendimentos plurais sobre o espaço público.